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Archive for março \31\America/Sao_Paulo 2011

Fotografando aquários

Existem aquários fáceis de fotografar. Um aquário de propósito decorativo, corretamente iluminado, com peixes pacatos e manutenção em dia pode ser muito simples de registrar em imagem, um aquário com o vidro sujo, pouca iluminação, peixes inquietos e rápidos irá oferecer grande dificuldade.

Trabalhando com o reflexo

Quando você tenta ver através de um vidro qualquer que faz reflexo, o que você faz? Se aproxima do vidro, obviamente. Tem gente que chega a colocar as mãos em torno do rosto para evitar a luminosidade e assim ver melhor. Na câmera podemos utilizar o mesmo artifício. Não adianta tentar tirar fotos de longe, apenas “dando zoom”, em uma situação assim, utilizar a câmera bem próxima ao vidro e um para-sol irá melhorar muito a captura, reduzindo drasticamente os reflexos.

Aproximando-se muito a câmera do aquário podemos não conseguir focalizar corretamente o assunto desejado. Câmeras portáteis costumam ter um “modo macro” que possibilita grande aproximação, lentes profissionais possuem uma distância mínima de focagem, sendo necessário utilizar uma lente macro caso queira maior aproximação ou utilizar um filtro close-up. Consulte o manual da sua câmera ou sua lente para saber qual o limite de aproximação antes de ser impossível focalizar corretamente.

Iluminação deficiente

Nessa imagem, observe que a iluminação deficiente (o aquário estava com a luz desligada) causou problemas sérios na captura, que ficou insossa

A iluminação será um fator decisivo, aquários mal iluminados apresentarão dificuldade imensa na captura de uma imagem boa e não é sempre que você dispõe de equipamento adequado para realizar uma correção na iluminação – se você não é um profissional ou está visitando alguma loja ou exposição, deverá dar conta da situação.

Para captar imagens com pouca luz, sem uso de flash, existem algumas possibilidades. A primeira é utilizar uma lente clara, ou lente rápida, como é conhecida por muitos. A lente clara possibilita grande abertura de diafragma – é como nosso olho, quando está escuro nossa íris se abre mais para que a luz entre. A segunda possibilidade é aumentar o ISO. Em termos químicos, aumenta-se a sensibilidade da película fotográfica, sob pena de granulação da imagem em algumas situações. Câmeras digitais permitem a troca de ISO de forma relativamente simples e muitas conseguem obter bons resultados em ISO extremamente alto. A terceira e última alternativa é a captura lenta, ou seja, manter o obturador da câmera aberto durante um longo período, o que não é muito conveniente em um aquário, onde os peixes, plantas e a própria água está em constante movimento.

Observe que essa foto foi feita num ambiente sem iluminação exterior, contando apenas com a luz do aquário e a regulagem do equipamento e ficou muito boa

Das alternativas citadas anteriormente a única de baixo custo é o aumento de ISO, visto que lentes claras são caras – quanto mais clara, mais cara, já a longa exposição é inviável em um aquário convencional. Câmeras portáteis amadoras não possibilitam qualidade aceitável em ISO alto e não possuem grande abertura, o que começa a traçar as necessidades do fotógrafo que deseja obter melhores imagens, obrigando-o a investir em equipamento.

Peixes lentos e peixes rápidos

Não se fotografa da mesma forma um Acará Disco e um Yellow Tang, vocês já devem ter percebido na prática. O Disco costuma se movimentar de forma lenta e previsível, o Tang corre por todo o aquário, se esconde, muda de direção “sem avisar”.

Para fotografar peixes lentos basta realizar a regulagem do equipamento, “mirar” o peixe e obter a imagem. É bem simples, permite até arriscar tempo de exposição maior.

Esses peixes são bem festivos, nadam sem parar… a captura precisou ser rápida, ISO alto e máxima abertura da lente ajudaram

Para fotografar peixes rápidos temos várias opções, enumeremos algumas. Uma opção é a captura contínua – deixar a câmera “tirando fotos”, outra é acompanhar o movimento do peixe, durante a captura. Existem técnicas de fotografia científica onde a captura de imagens de alta velocidade se faz necessária, mas não convém citar pois muitas envolvem sensores, preparo de cenário, além de equipamentos caros e precisos, então vamos nos ater no simples, no factível em uma visita a uma loja.

A captura contínua é uma boa opção, especialmente se aliada ao autofoco. Regula-se o equipamento e segue-se o peixe, obtendo imagens sequenciais e ao final escolhendo-se a melhor. O grande problema é que câmeras que capturam muitas imagens por segundo são mais caras, especialmente se forem câmeras semi-profissionais ou profissionais.

Vamos explorar melhor a idéia da captura contínua. Temos um aquário com Acarás Bandeira, que são especialmente briguentos quando estão em período fértil. Ao atravessar o aquário para agredir outro peixe, observei que o agressor leva dois segundos para transpor um metro, ou seja, ele atinge meio metro por segundo. Se a minha câmera captura 4,5 imagens por segundo (em condições ideais) e que eu enquadre corretamente o metro por onde o peixe irá nadar, na primeira foto o peixe estará no início da imagem, avançando 11 centímetros a cada nova foto, e conseguirei registar apenas 4 imagens, a minha chance de obter uma boa imagem é quase nula, pois as imagens das “bordas” dificilmente serão utilizáveis, restando apenas as duas imagens centrais para uma escolha. Se fosse um esporte, seria a diferença de capturar o momento exato de um gol esplêndido ou de uma manobra radical, que não pode ser repetida ao desejo do fotógrafo.

Quando assistimos uma corrida de carros, observamos que a câmera segue o movimento do carro, presa sobre um tripé que estabiliza sua movimentação. A imagem obtida invariavelmente é rica em movimento, dando a sensação de que estamos realmente seguindo o carro com os olhos. Podemos obter imagens muito interessantes deslocando a câmera enquanto tiramos a foto, a idéia é acompanhar o movimento, como num binóculo, e capturar a imagem quando nosso corpo estiver em movimento síncrono com o equipamento e o assunto se movendo. Exige um pouco de treino e uma câmera que registre fotos de forma rápida. Como adicional, podemos ganhar um fundo borrado, dando a idéia de movimento, assim como acontece com as fotos automobilísticas.

Juntando a captura contínua com a movimentação da câmera aumentamos nossas chances de obter boas imagens, pois aumentamos nosso enquadramento de forma virtual e podemos centralizar o assunto.

Devemos lembrar que captura de movimentos rápidos não combina com longa exposição, você não conseguirá estabilizar o movimento e a captura inevitavelmente borrará.

O uso do flash para congelar a imagem é muito interessante, mas não acredito ser uma opção viável pois a luz emitida é muito forte, podendo até prejudicar os peixes. Com sistemas de flash mais aprimorados podemos começar a considerar seu uso, mas dificilmente aquele flash básico embutido no corpo da câmera fará algo mais que irritar os animais e o dono do aquário.

Profundidade de campo

Nessa imagem tentei focar o palhaço laranja, mas subitamente ele trocou de posição com o outro. Se estivesse com f-stop maior talvez conseguisse disfarçar o desfoque do laranjinha

O famoso “fundo desfocado”, ou bokeh, como é conhecido no meio, é muito atraente, mas pode se virar contra você se mal utilizado. Bonita é uma imagem de uma flor em meio ao campo desfocado, mas ter meio peixe em foco e meio desfocado não é o resultado desejado na maior parte das vezes. Regule a abertura da lente de forma que o assunto permaneça em foco, não é porquê você tem uma lente clara que vai utilizá-la sempre na máxima abertura.

Correção de branco

Um dos fundamentos da boa captura de imagem digital é a correção de branco, mas ela é especialmente importante na obtenção de fotos de aquários, onde a iluminação artificial pode criar cores falsas e sem graça. Realize sempre a correção de branco e se possível regule o contraste e saturação. Aquários são ambientes coloridos, um pouco de saturação de cores irá criar uma imagem mais atraente, mas não exagere.

Conclusões

Ao visitar lojas, tenha sempre em mãos sua câmera. Diversas situações te levarão a obter prática e técnica necessária para obter boas imagens. Na hora de trocar seu equipamento, procure pelo melhor para você e não pelo item da moda, que poderá te decepcionar. Invista em lentes, se desprenda de qual “corpo de câmera” você tem. Compre sempre a melhor lente que seu dinheiro pode pagar, mas não caia na besteira de se entulhar de lentes à toa – tenha apenas as necessárias, cobrindo diversas distâncias focais, tentando evitar repetições, não gaste dinheiro à toa.

Antes de fotografar um aquário lembre-se de pensar, analisar, estudar. Os resultados serão satisfatórios e animadores.

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Dicas de fotografia

A fotografia exige planejamento.

Conforme as câmeras fotográficas digitais se popularizaram, as pessoas pararam de pensar antes de produzir fotografias. Enquanto filme fotográfico, a limitação da quantidade de fotos com certeza fazia todos pensarem melhor se deveriam ou não gastar uma preciosa captura. Enquanto digital, basta verificar se a foto ficou boa e, se necessário, realizar nova captura.

Mas é lugar comum o fato das pessoas estarem tirando muitas fotos, sendo poucas realmente importantes, interessantes ou utilizáveis. Se tivéssemos um contador de capturas e um contador de imagens descartadas, nas câmeras digitais, é provável que ambos contadores andassem ou próximos, ou em equivalência.

 

A foto é o registro da luz.

Um registro fotográfico nada mais é do que a gravação da luz refletida pelo assunto retratado. Se a luz é ruim – seja insuficiente ou exagerada – a foto não será boa. O que nossos olhos enxergam não necessariamente será registrado por uma câmera, nosso cérebro realiza diversas correções que precisam ser realizadas manualmente no equipamento, mesmo em uma câmera totalmente automatizada – esse é o motivo pelo qual muitas fotos de lugares paradisíacos saem insossas, quando feitas sem planejamento, sem regulagem do equipamento e sem a observação e aproveitamento da luz ambiente ou até correção utilizando equipamento adequado.

O equipamento importa, mas nem tanto.

Ter uma moderna câmera fotográfica com lentes intercambiáveis, um sensor avançado e grande, lentes de ótima qualidade e um equipamento de iluminação de dar inveja é um dos passos para boas fotos, mas qualquer câmera razoável consegue registrar boas imagens, desde que o fotógrafo domine o equipamento, conhecendo suas regulagens, suas opções e principalmente suas limitações. Observar as fotografias registradas anteriormente é um bom começo para conhecer seu equipamento e saber até onde ele pode ir e o que não devemos tentar fazer com ele. Um bom fotógrafo é capaz de extrair uma boa foto utilizando até uma webcam ou aquelas horríveis câmeras de celular, ele saberá até onde deve ir e o que esperar.

Não há uma receita de bolo.

Considerando que você tem uma boa iluminação, conhece bem o seu equipamento, pensa antes de tirar a foto, um pouco de técnica pode ajudar. Conhecer a regra dos terços (e saber quando usar) é muito útil. Entender distância focal, abertura de diafragma, tempo de exposição e ISO, mesmo em câmeras portáteis automáticas, ajuda a obter melhores imagens. Utilize seu tempo pesquisando sobre isso, a Internet é rica em material técnico resumido e digerido.

Evite utilizar flash o tempo todo

O flash, especialmente o embutido nas câmeras portáteis, é muito “duro”, uma luz forte demais e incidente. Quase sempre a imagem capturada fica com iluminação irregular, sombras muito fortes e reflexos indesejados. Se a fotografia a ser feita for através de um vidro, como acontece com aquários, o flash irá refletir no vidro, como em um espelho.

Não entenda que o flash é ruim, ele apenas é desnecessário em muitas situações. Em situações de captura lenta é interessante utilizar um tripé, mesmo que seja aqueles portáteis pequenos, ou até uma mesa, e o timer da câmera, evitando assim “tremer”. Muitas vezes se consegue excelentes resultados com um equipamento amador, montado sobre uma bancada qualquer, em captura lenta, ao invés de utilizar o flash interno.

Uma ótima idéia é rebater o flash em uma superfície branca, como o teto, ou criar um difusor utilizando qualquer material translúcido, como um guardanapo dobrado diversas vezes. Para redirecionar o flash poderia-se utilizar um cartão branco qualquer, segurando-o com uma mão enquanto aciona-se o disparador com a outra. Use sua criatividade!

Lembre-se sempre que alguns assuntos são sensíveis ao flash, como quadros e obras de arte, que podem degradar com a forte luz, pessoas sensíveis à luz e animais em geral.

Cuidado com as aberrações

Em situações de grande luz, como num dia de sol, a luz incidente na lente poderá criar efeitos indesejados. Pode-se evitar utilizando um para-sol ou até improvisando, o importante é o resultado. Para improvisar, uma carteira, um papel escuro, sua própria mão… o importante é evitar os reflexos que poderão estragar sua foto.

A captura de cores pode ser diferente da desejada, a lente pode causar alguma aberração cromática na imagem, coisas que talvez estejam fora do nosso controle, mas conhecer o equipamento – novamente – é importante e podemos evitar essas situações limite, ou contorná-las convenientemente.

Conclusões

Não há como aprender sem estudar, obviamente treinar é parte dos estudos, mas especialmente observar. Olhe suas fotos, compare com outras, observe o ângulo que você gosta de abordar, o seu “olho fotográfico”, corrija seus vícios, pare de tentar e apagar. Suas imagens devem começar a melhorar automaticamente e você começará a obter fotografias interessantes e ricas, ao invés de imagens boas “por sorte”.

Conheça seu equipamento, monte sua cena, peça para que os modelos façam uma pose interessante, corrija a iluminação, ande, esqueça o “zoom” da câmera, vá até o assunto sempre que possível, observe-o antes de fotografar. Deixe o comodismo de lado.

Grandes fotógrafos construíram grandes imagens.

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Casa do Barão

Em busca de meu novo restaurante/barzinho favorito, fui conhecer a Casa do Barão, em Barão Geraldo.

Muito bem localizado, tem fácil acesso e é fácil encontrar vaga para estacionar. O ambiente é bem iluminado e bem decorado, com opção de mesas ao ar livre. A música ao vivo estava bem variada, mas sempre agradável. O cantor com o violão conseguiu transformar músicas das quais não gosto em músicas que acompanhei cantando.

O cardápio conta com petiscos, lanches, diversas bebidas, inclusive têm uma carta de cervejas especiais. Vale a pena conferir. Dou um destaque aos mini-hamburguinhos de picanha. Além de serem muito saborosos, são lindos, quase dá dó de comer!

Na próxima vez, irei provar os bolinhos de feijoada. Pelas mesas ao meu redor, pude ver que faz sucesso!

O atendimento foi ótimo, com garçons bem humorados e bem solícitos. A dona do restaurante também nos deu muita atenção, até nos deu a receita do bolinho de feijoada!

O único ponto negativo é que não tinha café, mas levando em consideração que o antigo favorito não tinha sobremesa, com certeza a Casa do Barão está na disputa pelo novo favorito!

Onde achar: Fica na Av. Atilio Martins (Av.2),  número 152, Cidade Universitária em Barão Geraldo (Campinas). Maiores informações no site http://www.casadobarao.net.br/. Não desanime se não conseguir falar com eles por telefone, eu também tive dificuldades.

Quanto custa: Em média, entre R$ 25 e R$ 50 por pessoa.

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