A fotografia exige planejamento.
Conforme as câmeras fotográficas digitais se popularizaram, as pessoas pararam de pensar antes de produzir fotografias. Enquanto filme fotográfico, a limitação da quantidade de fotos com certeza fazia todos pensarem melhor se deveriam ou não gastar uma preciosa captura. Enquanto digital, basta verificar se a foto ficou boa e, se necessário, realizar nova captura.
Mas é lugar comum o fato das pessoas estarem tirando muitas fotos, sendo poucas realmente importantes, interessantes ou utilizáveis. Se tivéssemos um contador de capturas e um contador de imagens descartadas, nas câmeras digitais, é provável que ambos contadores andassem ou próximos, ou em equivalência.
A foto é o registro da luz.
Um registro fotográfico nada mais é do que a gravação da luz refletida pelo assunto retratado. Se a luz é ruim – seja insuficiente ou exagerada – a foto não será boa. O que nossos olhos enxergam não necessariamente será registrado por uma câmera, nosso cérebro realiza diversas correções que precisam ser realizadas manualmente no equipamento, mesmo em uma câmera totalmente automatizada – esse é o motivo pelo qual muitas fotos de lugares paradisíacos saem insossas, quando feitas sem planejamento, sem regulagem do equipamento e sem a observação e aproveitamento da luz ambiente ou até correção utilizando equipamento adequado.
O equipamento importa, mas nem tanto.
Ter uma moderna câmera fotográfica com lentes intercambiáveis, um sensor avançado e grande, lentes de ótima qualidade e um equipamento de iluminação de dar inveja é um dos passos para boas fotos, mas qualquer câmera razoável consegue registrar boas imagens, desde que o fotógrafo domine o equipamento, conhecendo suas regulagens, suas opções e principalmente suas limitações. Observar as fotografias registradas anteriormente é um bom começo para conhecer seu equipamento e saber até onde ele pode ir e o que não devemos tentar fazer com ele. Um bom fotógrafo é capaz de extrair uma boa foto utilizando até uma webcam ou aquelas horríveis câmeras de celular, ele saberá até onde deve ir e o que esperar.
Não há uma receita de bolo.
Considerando que você tem uma boa iluminação, conhece bem o seu equipamento, pensa antes de tirar a foto, um pouco de técnica pode ajudar. Conhecer a regra dos terços (e saber quando usar) é muito útil. Entender distância focal, abertura de diafragma, tempo de exposição e ISO, mesmo em câmeras portáteis automáticas, ajuda a obter melhores imagens. Utilize seu tempo pesquisando sobre isso, a Internet é rica em material técnico resumido e digerido.
Evite utilizar flash o tempo todo
O flash, especialmente o embutido nas câmeras portáteis, é muito “duro”, uma luz forte demais e incidente. Quase sempre a imagem capturada fica com iluminação irregular, sombras muito fortes e reflexos indesejados. Se a fotografia a ser feita for através de um vidro, como acontece com aquários, o flash irá refletir no vidro, como em um espelho.
Não entenda que o flash é ruim, ele apenas é desnecessário em muitas situações. Em situações de captura lenta é interessante utilizar um tripé, mesmo que seja aqueles portáteis pequenos, ou até uma mesa, e o timer da câmera, evitando assim “tremer”. Muitas vezes se consegue excelentes resultados com um equipamento amador, montado sobre uma bancada qualquer, em captura lenta, ao invés de utilizar o flash interno.
Uma ótima idéia é rebater o flash em uma superfície branca, como o teto, ou criar um difusor utilizando qualquer material translúcido, como um guardanapo dobrado diversas vezes. Para redirecionar o flash poderia-se utilizar um cartão branco qualquer, segurando-o com uma mão enquanto aciona-se o disparador com a outra. Use sua criatividade!
Lembre-se sempre que alguns assuntos são sensíveis ao flash, como quadros e obras de arte, que podem degradar com a forte luz, pessoas sensíveis à luz e animais em geral.
Cuidado com as aberrações
Em situações de grande luz, como num dia de sol, a luz incidente na lente poderá criar efeitos indesejados. Pode-se evitar utilizando um para-sol ou até improvisando, o importante é o resultado. Para improvisar, uma carteira, um papel escuro, sua própria mão… o importante é evitar os reflexos que poderão estragar sua foto.
A captura de cores pode ser diferente da desejada, a lente pode causar alguma aberração cromática na imagem, coisas que talvez estejam fora do nosso controle, mas conhecer o equipamento – novamente – é importante e podemos evitar essas situações limite, ou contorná-las convenientemente.
Conclusões
Não há como aprender sem estudar, obviamente treinar é parte dos estudos, mas especialmente observar. Olhe suas fotos, compare com outras, observe o ângulo que você gosta de abordar, o seu “olho fotográfico”, corrija seus vícios, pare de tentar e apagar. Suas imagens devem começar a melhorar automaticamente e você começará a obter fotografias interessantes e ricas, ao invés de imagens boas “por sorte”.
Conheça seu equipamento, monte sua cena, peça para que os modelos façam uma pose interessante, corrija a iluminação, ande, esqueça o “zoom” da câmera, vá até o assunto sempre que possível, observe-o antes de fotografar. Deixe o comodismo de lado.
Grandes fotógrafos construíram grandes imagens.
Mas com aquario temos alguns problemas que não fizeram parte do post…
Iluminação: Geralmente os aquarios não ficam em um lugar onde incide luz direta do sol, ou seja, possuem ali apenas a iluminação artificial e ambiente.
Captura lenta é um problema, pois os peixes e plantas estão sempre em movimentação, acaba ficando um borrão por onde os peixes passam…
O vidro vira e mexe reflete a nossa imagem tirando a foto…
É sempre muito complicado tirar fotos de aquario….
Adriano,
O post foi para dicas gerais de fotografia. A idéia é ter, em breve, um post específico com dicas para fotografar aquários 🙂
Saquei….
Ficamos no aguardo, e vlw pelas dicas! 🙂
A espera acabou! rs! Visite a página inicial!